quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Nos momentos mais inesperados... Sempre.



Tempo

Fazia tanto tempo que isso não acontecia.
Fazia mesmo. Fazia o que? 

(...)

Tempo.
Tempo. Mas que tempo?
Tempo que passa, que corre, que voa.

Alto, longe. Batido. Mas de qualquer forma, tempo.
É daquelas experiências enxutas, porém ricas. Curtas, porém eternas. Pequenas, porém grandiosas.
Tudo naquele tempo. Ah, e que tempo era. 
Tempo que volta.
Volta forte, volta rapidinho, volta com gosto.
Volta redondo e com gosto de quero mais.
Mais tempo. Mais tempo daquilo. Mais tempo daquela.
Mais tempos daquele.
Ah, aquele tempo. Pois naquele tempo...
Tempo era tempo! Tempo de rir, de gargalhar, de viver.
Tempo de um glimpse. De uma piscadela.
Tempo dela. Tempo dele. Tempo só meu, compartilhado.
Com todo lado. Transbordado.
Tempo de uma vida inteira, passageira, trocadora e motorista. Diarista, batalhadora.
Tempo de quem pega cedo. Tempo de quem vai até tarde. Tempo de quem vira noite.
Ah, tempo. Meu açoite.
Meu chicote. Meu cheiro no cangote.
Meu beijo da manhã, meu café da madrugada.
Para tudo há seu tempo.

O que foi. O que é. 
O que há de vir? 
Só o tempo dirá.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------


MasqueradeUnleashed~*
a.k.a.
Cesar Gusmão de Paiva Tavares

16/11/2016